Quem escreve?

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Rio, RJ, Brazil
Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.

sexta-feira, 30 de maio de 2008


Não precisa vivenciar pra falar não, não mesmo? Comigo, meu caro, o discuso é mais embaixo, tão embaixo, que você, que anda de cabeça em pé e passa rápido, comete o erro de não passar rasteiro. Mas enfim, não é qualquer um que tem o privilégio de ser um verdadeiro marginal.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Estou aqui, meus amigos, cheio de vontade de partir dessa, talvez pra uma melhor. Por tudo que lutei, disso vocês sabem, por tudo que amei, talvez vocês não saibam. Vocês, meus caros, que sempre estiveram comigo, e no desentendimento, a vontade de abraçar, e a identificação, essa, decorrente do amor pelo inatingível, e dos devaneios da lapa, do centro, da madrugada. Vocês, que nem sempre estiveram comigo nos momentos cruciais, de formação da minha personalidade, alguns, que ficaram no caminho, porra, que filhos da puta! Tiraram meus amigos, arranharam-lhes as esperanças, e, na luta, quase sempre injusta, pereceram devagar, passo por passo, ludibriados, alcoolizados, caralho, eu acabo assim? Devagar, na lapa, hoje... Devagar, sem saber o que fazer, eu que odeio cigarro, que odiava bebida e prostitutas, meu Deus, o que estou fazendo? Eu, nas aulas de estética, junto, ao lado dos mesmos, que, acabaram com meus amigos, aqueles que retiraram a oportunidade de alguém ser alguém, caralho, digo palavrão mesmo, é como o funk e os desentendidos, os críticos. Essa porra mesmo, é a minha realidade, falo assim, meus amigos falam assim, meu povo fala assim, e nem por isso somos otários, nem por isso deixamos de pensar! Vão devagar, vão devagar, o caminho é árduo irmãos, hoje, eu, um negro, um pobre, um daqueles que andou cinqüenta por cento do caminho, acaba de desistir...

domingo, 18 de maio de 2008

À de nariz empinadinho

À mulher que,

Por banhar-se de perfume

Em demasia,

Não teve a oportunidade

De sentir meu cheiro

Dedico esse poema.

sábado, 3 de maio de 2008


Eu e ela. Dois corpos nunca antes tocados. Eu e ela, naquele lugar, em cuja cama, os corpos iam e vinham. Eu, sem conhecê-la. Ela, conhecendo-me. Dois corpos.
Eu, quando a vi, sabia que seriam dois corpos, duas vidas, dois braços entrelaçados. Ao mesmo tempo, seriamos nada. Como se o tudo nos fugisse, saísse sem olhar à volta. Tanta volta. Tantas atitudes impensadas. Se não as fossem, seriamos duas mentes em um corpo. Dois corpos em uma mente, ao invés de dois indivíduos errantes, num motel qualquer.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

A um amigo

Amigo, que detrás da máscara da inferioridade
e inocência esconde a glória
e a raiva de um povo que
mesmo na abstrata
Guerra de classes
Permanece em pé,
Graças à
Sustância!