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Rio, RJ, Brazil
Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.

domingo, 30 de novembro de 2008

Um dia, me mandaram esse trecho, da música Tatuagem, do Chico:


“Quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem
E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta
Morta de cansaço”


Entendi muito bem o trecho. Até o guardei. Até acreditei nele. Hoje, um pouco mais experiente, não acreditaria nele. Não o guardaria. Faria o que fiz, há pouco tempo. Rasgando-o, tentando dilacerar o restinho de passado, que ainda morava no meu cotidiano. A ingenuidade dessa pessoa, que mandou esse trecho, extrapolou os limites da compreensão do amor. Achava que me amava. E hoje, manda esse trecho pra outra pessoa. Bom, entendo muito bem. Até compreendo. Faz parte. É a vida.
Sente saudade?
Quase morri, um dia desses.
Me ligou porque sente saudade?
Quase morri de saudade, um dia desses.
Assim que ligar novamente, liga pra dizer que sente saudade também, ok?

(Cheguei agora, doidão!)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Caminhei sozinho, hoje, o dia todo. Em qualquer lugar, caminhei sozinho. Todos os lugares pelos quais passava, passava sozinho. Embora, sempre que parava, alguém parava comigo, aí já não estava mais sozinho. Mesmo assim, quando voltava a caminhar, caminhava sozinho. Sentava, e alguém vinha, e sentava ao meu lado. Passava, e todos me acenavam, e mesmo assim, passei sozinho. Aqui na faculdade, muita gente sabe quem sou, ainda que, poucos saibam o que sinto. Também não sei se o que sinto importa a alguém, ou se alguém se importa com o que sinto, sei lá, metrópole é assim mesmo. Continuei caminhando até agora, 18h12min. Caminhei pensando nesse texto. Mesmo andando sozinho, falei com meu celular, que representa alguém distante, alguém a um mês de distância. Pessoa que senti ontem, estar morta para mim.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A mulher a quem confiei meu carinho e apreço, hoje, disse-me que está ficando com outro. Não entendi de início. Logo depois ela veio me dizer, que esse rapaz, com o qual ela passou alguns dias junto, apresentou a família e, provavelmente transou, seria o cara ideal pra ela. Embora tenha me dito ter medo de assumir algo mais sério. Percebi em suas palavras que, o que ela quer mesmo é ficar com ele. Digo que não entendi de início, pois a única semana na qual não conversamos, ela conhece outro cara, se apaixona por outro cara e me deixa. Bom, não sei ao certo se ela vai me deixar. Também não me importo muito com isso. Já fui deixado de lado, e pior, por pessoas que eu amava. Sinto-me mais seguro agora. Hei de encontrar alguém assim, que combine comigo, cedo ou tarde. Enfim, não importa, estou curtindo a vida.
24 de novembro de 2008.

Hoje, morro de saudades, pois para mim, é como se você tivesse morrido. Já nem lembro a última vez que a vi; já a última sonoridade da tua voz, não me apetece recordar. Hoje, morro de saudade, mas, é como se não quisesse morrer. Não me apetece morrer sem te ver.

A saudade que sinto
É, como se,
Tivesses morrido.
Mais que isso:
É saber que,
Outro homem,
Planta outra flor
No teu umbigo,
Pequenino.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Crime e Amor

O mesmo caos, Negro,
Que ronda, à noite,
Por essas bandas.

Há de passar, andar e
Arrombar as portas,
Janelas,
Adentrar por entre
Tuas pernas,

Te encher de carinho,
Em uma semana,
Ser o maior vendaval,
Que já passou por tua vida!

domingo, 9 de novembro de 2008

Senhor, quando mil
Caíram a meu lado,
e Dez mil a minha direita.
Tu não deixastes que fosse eu,
o Atingido!

E quando aquele tiro,
Senhor,
Levou meu amigo
para residir em teu abrigo,
Tu achastes que era cedo demais,
para eu ir morar contigo!

Senhor!

Rogo a ti.
Peço força...
Que meus braços,
Senhor!
Levantem os que
ainda não caíram!

(Edson Santana)10/07