Não escrevo simplesmente porque escrevo
Não escrevo porque, humildemente,
Sinto vontade de escrever.
Não escrevo porque quero
Nem porque quero ser eterno.
Quando escrevo simplesmente porque escrevo,
Ao contrário do que pensam,
Não me sinto mais perto dos Deuses;
Simplesmente me sinto mais humanamente
Perto de mim mesmo.
Escrevo, sendo o que, infelizmente, nunca queria ter sido.
E sendo, me distancio do ser pequeno,
Paradoxalmente, o único ser que queria ter sido, antes de escrever.
Queria parar de escrever, mas nem eu sei por que escrevo.
E escrevendo vou me construindo:
Me tornando o que não quero,
Sendo, o que querem que eu seja.
É por isso que não sigo regras
É por isso que não sigo as rimas convencionais
Por isso não escrevo quando quero
E o melhor: quando querem.
Aí vou querendo que se foda a norma culta.
Porque também não sigo convenções
E nem sou manipulado.
E escrevo porque escrevo.
Por mais nada
Por mais que tudo
Por mais que me paguem.
Dessa forma eu sou livre
E dessa forma:
Eu escrevo o que eu quero.
(Edson Santana)28/12/2008
Quem escreve?
- Amandla Awetú
- Rio, RJ, Brazil
- Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Tu, que já não me odeia como antes
O que fará daqui pra frente?
Qual será seu passo adiante?
E se eu amar outra de repente?
A raiva te ajudou no passado
Hoje só ama o que não fui
Sozinha será de outro falso
E a dor retorna ao peito e flui,
Para alegria dos desgraçados
Que choram sem terem tido um amor
Que choram por nunca terem amado.
Para tristeza dos amores recíprocos
Para tristeza de quem amo
Por quem percorreria o infinito.
O que fará daqui pra frente?
Qual será seu passo adiante?
E se eu amar outra de repente?
A raiva te ajudou no passado
Hoje só ama o que não fui
Sozinha será de outro falso
E a dor retorna ao peito e flui,
Para alegria dos desgraçados
Que choram sem terem tido um amor
Que choram por nunca terem amado.
Para tristeza dos amores recíprocos
Para tristeza de quem amo
Por quem percorreria o infinito.
Não importa,
Não quero saber de nada
Sua presença me incomoda
Não venha mais na minha casa.
Te praguejo assim por dentro
Por fora transpareço
O quanto ainda te mereço
Pra não cair no desalento.
Por medo de te amar de novo
Te odeio dia e noite
Lembranças são açoites
Em minha mente causam estorvo.
Posso nem te ver passando
Que já perco meu sossego
Pra você peço arrego
Tudo isso porque te amo.
Não quero saber de nada
Sua presença me incomoda
Não venha mais na minha casa.
Te praguejo assim por dentro
Por fora transpareço
O quanto ainda te mereço
Pra não cair no desalento.
Por medo de te amar de novo
Te odeio dia e noite
Lembranças são açoites
Em minha mente causam estorvo.
Posso nem te ver passando
Que já perco meu sossego
Pra você peço arrego
Tudo isso porque te amo.
domingo, 14 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
sábado, 6 de dezembro de 2008
Se existe amor: Para um amor eterno.
De verdade, o que cabe
Entre duas mãos amantes
Dois corações delirantes
Algo mais que amizade?
Carrego pesando em mim
Um coração apaixonado
Meia dúzia de escárnios
Palavras poços de mágoas
Sem um fim.
Ah! Como eu queira agora um fim
Tudo e todos a me paparicar
Eu tentando continuar a acreditar
Num amor que para mim, foi e
Não está sendo ruim.
Lêem-se mil livros
Têm-se dois mil amigos
Definitivamente, amor,
Quero morrer com ou sem
Você comigo
Amar o mundo como amava
Mil dias dormindo contigo,
Te fazendo carinho.
Entre duas mãos amantes
Dois corações delirantes
Algo mais que amizade?
Carrego pesando em mim
Um coração apaixonado
Meia dúzia de escárnios
Palavras poços de mágoas
Sem um fim.
Ah! Como eu queira agora um fim
Tudo e todos a me paparicar
Eu tentando continuar a acreditar
Num amor que para mim, foi e
Não está sendo ruim.
Lêem-se mil livros
Têm-se dois mil amigos
Definitivamente, amor,
Quero morrer com ou sem
Você comigo
Amar o mundo como amava
Mil dias dormindo contigo,
Te fazendo carinho.
Olha que interessante: já vi neoliberal pobre, já vi comunista pobre, já vi capitalista pobre, mas nunca vi um anarquista pobre, por que será?
Bom, o neoliberal pobre a gente até entende. Vários são os fatores que o levam a pensar de forma individualista: extraindo o foco do Estado e eximindo os fatores sociais, ele, que na maioria das vezes é o que obteve “sucesso”, ou por estar dentro de uma universidade, ou por tornar-se um milionário-jogador-de-futebol, acredita cegamente, que o “sucesso” alheio, depende única e exclusivamente do esforço de cada um. Diz ele, o neoliberal pobre, com a mesma infantilidade do aluno-de-pré-vestibular-particular-de-classe-média que passa pra UERJ: “ah, a oportunidade está aí, é só estudar... vira juiz quem quer; vira ladrão quem já nasceu safado, semente do mal*!” e dessa forma, sela sua estupidez, e se torna contra qualquer política de inclusão social. Mas não devemos ter pena do neoliberal pobre não, não mesmo, ele até que é esperto, até que é inteligente, já que ganha milhões ou estuda na PUC, UERJ, Estácio, UFRJ... Ele, que não gosta de pobre por que nasceu pobre, conhece muito bem a raça de pobre e almeja deixar de ser pobre, mas pobre de quê?
O capitalista pobre é sempre aquele em cima do muro, é aquele que acredita no jornal nacional e na veja. O que não é comunista, ou por gostar muito de dinheiro e imaginar que num país socialista todos seriam iguais, e isso é chato pra ele, já que quer ser rico um dia, mas não sabe como, ou por crer de pé junto- o capitalista pobre é religioso- que o regime comunista é autoritário- como se o capitalismo não o fosse, é claro, da sua maneira. Não é liberal pois não tem convicção de que pode ser o que quiser, já que não é nada, mas almeja ser e sabe a dificuldade. Esse é o capitalista pobre e/ou o pobre capitalista.
O comunista pobre é o comunista pobre, o pobre que, talvez, deseja passar de subalterno para igual; de subalterno para subordinador- nem fizemos uma revolução e já conheço alguns. Esse tipo de pobre é mais fácil de entender, apesar de ser minoria, já que a classe dos pobres é subdividida e subdividida e subdividida...
O pobre anarquista, ou melhor, o anarquista, sempre sabe o que faz, ou seja: o que não faz. O anarquista não defeca e pára, e muito menos defeca e anda, só defeca. Ele, em sua plena capacidade mental, simplesmente não quer se comprometer, ou seja, nada quer fazer. O anarquista quase sempre não é anarquista, é um pseudo-anarquista. O pseudo-anarquista, quase sempre diverge do neoliberal, mas, e ele sabe disso, faz o mesmo: fica calado e torna-se individualista, desconsiderando tudo que é externo a ele, ou seja, externo a todos. O anarquista nunca é pobre, o pobre, nunca um anarquista. O pobre, mesmo o subalternado, manipulado ou dominado, um dia, terá consciência de classe, e deixará de ser pobre, já que nesse dia, as classes deixarão de existir. O anarquista não tem consciência de nada, nem mesmo o quanto custa uma universidade particular de qualidade, já que é seu papai quem a paga a sua, centavo por centavo...
Bom, o neoliberal pobre a gente até entende. Vários são os fatores que o levam a pensar de forma individualista: extraindo o foco do Estado e eximindo os fatores sociais, ele, que na maioria das vezes é o que obteve “sucesso”, ou por estar dentro de uma universidade, ou por tornar-se um milionário-jogador-de-futebol, acredita cegamente, que o “sucesso” alheio, depende única e exclusivamente do esforço de cada um. Diz ele, o neoliberal pobre, com a mesma infantilidade do aluno-de-pré-vestibular-particular-de-classe-média que passa pra UERJ: “ah, a oportunidade está aí, é só estudar... vira juiz quem quer; vira ladrão quem já nasceu safado, semente do mal*!” e dessa forma, sela sua estupidez, e se torna contra qualquer política de inclusão social. Mas não devemos ter pena do neoliberal pobre não, não mesmo, ele até que é esperto, até que é inteligente, já que ganha milhões ou estuda na PUC, UERJ, Estácio, UFRJ... Ele, que não gosta de pobre por que nasceu pobre, conhece muito bem a raça de pobre e almeja deixar de ser pobre, mas pobre de quê?
O capitalista pobre é sempre aquele em cima do muro, é aquele que acredita no jornal nacional e na veja. O que não é comunista, ou por gostar muito de dinheiro e imaginar que num país socialista todos seriam iguais, e isso é chato pra ele, já que quer ser rico um dia, mas não sabe como, ou por crer de pé junto- o capitalista pobre é religioso- que o regime comunista é autoritário- como se o capitalismo não o fosse, é claro, da sua maneira. Não é liberal pois não tem convicção de que pode ser o que quiser, já que não é nada, mas almeja ser e sabe a dificuldade. Esse é o capitalista pobre e/ou o pobre capitalista.
O comunista pobre é o comunista pobre, o pobre que, talvez, deseja passar de subalterno para igual; de subalterno para subordinador- nem fizemos uma revolução e já conheço alguns. Esse tipo de pobre é mais fácil de entender, apesar de ser minoria, já que a classe dos pobres é subdividida e subdividida e subdividida...
O pobre anarquista, ou melhor, o anarquista, sempre sabe o que faz, ou seja: o que não faz. O anarquista não defeca e pára, e muito menos defeca e anda, só defeca. Ele, em sua plena capacidade mental, simplesmente não quer se comprometer, ou seja, nada quer fazer. O anarquista quase sempre não é anarquista, é um pseudo-anarquista. O pseudo-anarquista, quase sempre diverge do neoliberal, mas, e ele sabe disso, faz o mesmo: fica calado e torna-se individualista, desconsiderando tudo que é externo a ele, ou seja, externo a todos. O anarquista nunca é pobre, o pobre, nunca um anarquista. O pobre, mesmo o subalternado, manipulado ou dominado, um dia, terá consciência de classe, e deixará de ser pobre, já que nesse dia, as classes deixarão de existir. O anarquista não tem consciência de nada, nem mesmo o quanto custa uma universidade particular de qualidade, já que é seu papai quem a paga a sua, centavo por centavo...
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Na verdade o que quero,
É sim, um pouco de afeto.
Poder te olhar de fronte, reto
E bem de perto,
Chorando lágrima por lágrima
Derramando em você o meu amor
Atualmente tão incrédulo.
Falso é o poeta que não chora
Bate, agoniado a porta e,
Nunca mais, por ter sofrido,
Volta, pede ou implora.
Na vastidão dos três pares
De pernas
Caminhei por aquelas terras
Desérticas
E só encontrei inocência,
Entre duas pernas abertas.
Olha, pouquinho de devassidão
Faz parte assim, como faz parte de mim
Esse pobre coração
De poeta que,
Desvairado, chora ao seu lado,
Tentando não ser, o que foi no passado.
Calado, ouço e choro o lado amargo
Dos que, de certa forma, foram abandonados.
Palavras tolas fazem de mim,
Mais tolo ainda, para assim,
Querer, voltar a mergulhar nessas duas
Praias de leite sem fim.
Pela bacia magra, fraca,
Pedindo minha carga
Hoje tão amarga.
Larga tudo e vem fraca,
Como quem quer ser alçada
Num vôo de garça,
Ser, minha amada.
Deixo ai meu coração calmo
Contigo, sei que terá ele afago.
Calmo, espero o fogo mais que tácito
Que tu aprendeste com os caras amargos,
Tentando vingar-se das minhas palavras
Lançadas no vácuo do teu peito frágil.
Nunca é tarde para amar, fruto-maduro.
É sim, um pouco de afeto.
Poder te olhar de fronte, reto
E bem de perto,
Chorando lágrima por lágrima
Derramando em você o meu amor
Atualmente tão incrédulo.
Falso é o poeta que não chora
Bate, agoniado a porta e,
Nunca mais, por ter sofrido,
Volta, pede ou implora.
Na vastidão dos três pares
De pernas
Caminhei por aquelas terras
Desérticas
E só encontrei inocência,
Entre duas pernas abertas.
Olha, pouquinho de devassidão
Faz parte assim, como faz parte de mim
Esse pobre coração
De poeta que,
Desvairado, chora ao seu lado,
Tentando não ser, o que foi no passado.
Calado, ouço e choro o lado amargo
Dos que, de certa forma, foram abandonados.
Palavras tolas fazem de mim,
Mais tolo ainda, para assim,
Querer, voltar a mergulhar nessas duas
Praias de leite sem fim.
Pela bacia magra, fraca,
Pedindo minha carga
Hoje tão amarga.
Larga tudo e vem fraca,
Como quem quer ser alçada
Num vôo de garça,
Ser, minha amada.
Deixo ai meu coração calmo
Contigo, sei que terá ele afago.
Calmo, espero o fogo mais que tácito
Que tu aprendeste com os caras amargos,
Tentando vingar-se das minhas palavras
Lançadas no vácuo do teu peito frágil.
Nunca é tarde para amar, fruto-maduro.
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