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Rio, RJ, Brazil
Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Não há como toda noite não ser triste
Como não há como ser poeta
Não tendo um papel e uma caneta
Não tendo lido mil livros não há
Como ser feliz nas noites chuvosas ouvindo o tiritar
Das gotas no zinco.

Não há como ser livre quando se ama.

Todas as noites são tristes para um poeta
Todo dia é noite para quem não enxerga
Há possibilidade de o cego ser feliz, um dia?
À noite nada existe.
À noite nada passa a existir enquanto as contradições
E desigualdades ainda persistirem.
Não há noite feliz nem felicidade perdida já que nada se teve um dia.