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Rio, RJ, Brazil
Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Você, Amazônia...

Pela Amazônia adentro,
Sigo sem bússola,
À procura da cura
Enterrada neste solo imenso.

Quão linda é essa terra!
Quão difícil a localização!
Encontrarei em ti,
A solução para seu coração!

Entre tantas feras,
Empenharei meu destino,
À procura da cura
Para seu coração ferido!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Tornaram-se ridículas as palavras de amor que um dia joguei ao vento para, enfim, trazer um amor qualquer, de algum lugar distante. Ridículas são todas as palavras de amor declamadas sem a razão cotidiana da existência. Quantos foram os amores perdidos, esquecidos e deixados de lado em algum lugar desse mundo pequeno para quem acha que ama? Alguma sensação assim, do fundo da minha vida, afirma que nunca amei mulher alguma que não tivesse relação ou grau parentesco comigo. Tantas foram as paixões- e cabe aqui diferenciar amor de paixão- lancinantes e abruptas, que me tiraram o sossego, o sono e me tornaram objeto de uma existência que não durou alguns instantes anteriores ao baque: eu não te amo mais! Bem verdade que nunca amei um dia, e agora escrevo para me convencer que não sei o que significa o amor no sentido mais exaltado da palavra. Estou convencido: não preciso amar as mulheres com quem tenho relações sexuais e venero por me aturarem cotidianamente! Preciso sim, ser sincero com vocês e comigo, ser verdadeiro com vocês e comigo, valorizar vocês e a mim. Gosto do seu violão, da sua poesia e da sua atuação. Não quero perde-los tão cedo, portanto escrevo esse texto.

(21/09/2008)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Naufrágio!

Quando eu morrer,
Voltarei e te perguntarei,
Se após aquela tempestade
Na qual nos perdemos
Um do outro,
Você continuou a me amar
Nalguma ilha deserta!

Não resistirei a esse
Naufrágio!
Estou sozinho e penso em ti,
Aqui
Nessa ilha solitária
Chamada:
Eu!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Recadinho:

Sabes muito bem que não fui um daqueles homens machistas, ciumentos, grosseiros e tudo mais que o mundo patriarcal proporciona aos homens. Pelo contrário, respeitava suas vontades, suas opiniões, ouvia, mesmo a contra gosto, suas histórias sexuais, seus desejos e suas experiências.

Sempre deixei claro que respeitava, ouvia e te tratava bem, por que gostaria que você fizesse o mesmo. Eu sou um homem livre e gostaria que você fosse uma mulher livre nesse mundo injusto. Eu te amei do fundo do meu coração triste, mas a vida muda drasticamente! Fiz planos, queria ter casado, mesmo sabendo que não tínhamos muito a compartilhar um com o outro.

É triste, mas o amor acabou.

domingo, 21 de agosto de 2011

Posso te fazer uma pergunta?

- Posso te fazer uma pergunta? Você é apaixonada?Já fiz...
- bom, isso depende, né...
- sim, depende. Você certamente é apaixonada pela terra, pelo ar, por um monte de coisas e pessoas. Sim, depende. Costumo fazer essa pergunta. A resposta é tão complexa, que dela posso saber boa parte da sua personalidade...ridículo, né?!
- você não quer reformular a pergunta?
-não, não quero reformular a pergunta. Não me interessa saber sobre isso, nesse local, nesse momento.

Segui, com aquele pensamento enquanto tocava com a ponta de meus dedos boa parte do seu corpo, imerso naquele voluptuoso universo de encanto e desencanto. Eu deveria ter lembrado, antes de fazer a pergunta, que no dia em que a conheci, perguntei se tinhas namorado, e a resposta foi: “não quero responder essa pergunta!” eu não lembrei, fiz a pergunta, e nesse momento, tento trazer de volta a atmosfera anterior, de sérios orgasmos e olhares que juravam amor eterno. Não sei se a mim, ou ao sexo que fiz, e estava fazendo, de forma absolutamente fascinante.
Sempre tive boas experiências com as mulheres. Não é que eu seja bom de cama. Talvez até seja isso, embora a negação disso tudo, sirva, exclusivamente, para manter minha humildade no lugar onde ela deve estar: dentro de mim mesmo.
Antes de fazer aquela pergunta, eu deveria ter lembrado o momento no qual afirmei que ligaria durante a semana, a fim de marcar algum programa com você. Se tivesse lembrado, não teria, de forma alguma, duvidado do estado temporário referente ao relacionamento que conservas em algum canto do país. Sim, você tem namorado, e eu não dou à mínima.
Peço-te apenas uma única coisa: não me olhes como se estivesses apaixonada por mim. Um dia eu posso acreditar nisso, sair correndo, ou simplesmente retribuir o que de mais belo existe nessa terra.

(13/07/2009)

terça-feira, 26 de abril de 2011

Curto espaço de tempo
Intenso.
Eu por cima você por baixo,
Cara a cara e
Depois,
Lado a lado.
Cabelos revoltos
Toque afável.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Grande mídia vendida -RJ

Para mim, tudo começou com uma entrevista ao Jornal “O DIA”. Uma simples sabatina com o senhor secretário de transportes Alexandre Sansão (ver http://migre.me/3RSiQ).
Alexandre chamou a chefe do jornal, a cumprimentou e comentou sobre o jantar da noite passada, como se fosse seu melhor amigo. Desconfiei. A jornalista responsável pela sabatina me entregou um papel e disse: “essas são as perguntas sugeridas pela redação” desconfiei e tremi. Não pode ser, pensei.

Não fiz as perguntas indicadas, pelo contrário, fui mais ofensivo, como quase todos naquela sala, como o fotógrafo foi, e levou um esporro do secretário: “assim não, bate essa foto direito ou então saio mal na fita. Não quero sair com uma cara de desesperado. Bate assim, sorrindo. Opa, essa ficou ótima! “

No dia seguinte lá estava a maldita matéria, com uma pergunta que eu não fiz. Com uma série de perguntas que ninguém fez, mas estavam lá, atribuídas a pessoas bem intencionadas, atribuídas ao movimento social. Balela, pensei. Jornal vendido, prefeito e governador muito bem articulados.

Tive certeza: a mídia carioca tem blindado todos os capangas do PMDB.

Essa semana, constatamos mais um escândalo na segurança pública do nosso estado. Carlos Oliveira, sub secretário de ordem pública, cargo de confiança da prefeitura do RJ, diga-se, do prefeito Eduardo Paes, acusado de envolvimento com o narcotráfico. E, mais uma vez, a grande mídia blinda o PMDB como um todo. Nada de Paes, nada de Cabral, e o carnaval se aproxima.

Conselho estadual de comunicação? Só se isso aqui virar o Egito!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Sinto falta de tanta coisa, que nem sei se eu, sou eu mesmo. Me perdi pelo caminho, no meio do caminho. Tantas coisas aqui, além, no mundo inteiro, foram mais importantes, nobres, no sentido mais sublime da nobreza.

Os amigos, os amores, a família, no meio do caminho ficaram. E eu, assim, unido aos que, em sua maioria, não entendem - ou não tem bagagem para entender- continuo caminhando. Contudo, nunca é tarde para voltar, recomeçar da melhor forma possível: caminhar por um caminho já conhecido, com os amores, a família e os amigos.