Quem escreve?

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Rio, RJ, Brazil
Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Tornaram-se ridículas as palavras de amor que um dia joguei ao vento para, enfim, trazer um amor qualquer, de algum lugar distante. Ridículas são todas as palavras de amor declamadas sem a razão cotidiana da existência. Quantos foram os amores perdidos, esquecidos e deixados de lado em algum lugar desse mundo pequeno para quem acha que ama? Alguma sensação assim, do fundo da minha vida, afirma que nunca amei mulher alguma que não tivesse relação ou grau parentesco comigo. Tantas foram as paixões- e cabe aqui diferenciar amor de paixão- lancinantes e abruptas, que me tiraram o sossego, o sono e me tornaram objeto de uma existência que não durou alguns instantes anteriores ao baque: eu não te amo mais! Bem verdade que nunca amei um dia, e agora escrevo para me convencer que não sei o que significa o amor no sentido mais exaltado da palavra. Estou convencido: não preciso amar as mulheres com quem tenho relações sexuais e venero por me aturarem cotidianamente! Preciso sim, ser sincero com vocês e comigo, ser verdadeiro com vocês e comigo, valorizar vocês e a mim. Gosto do seu violão, da sua poesia e da sua atuação. Não quero perde-los tão cedo, portanto escrevo esse texto.

(21/09/2008)