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Rio, RJ, Brazil
Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Estou aqui, meus amigos, cheio de vontade de partir dessa, talvez pra uma melhor. Por tudo que lutei, disso vocês sabem, por tudo que amei, talvez vocês não saibam. Vocês, meus caros, que sempre estiveram comigo, e no desentendimento, a vontade de abraçar, e a identificação, essa, decorrente do amor pelo inatingível, e dos devaneios da lapa, do centro, da madrugada. Vocês, que nem sempre estiveram comigo nos momentos cruciais, de formação da minha personalidade, alguns, que ficaram no caminho, porra, que filhos da puta! Tiraram meus amigos, arranharam-lhes as esperanças, e, na luta, quase sempre injusta, pereceram devagar, passo por passo, ludibriados, alcoolizados, caralho, eu acabo assim? Devagar, na lapa, hoje... Devagar, sem saber o que fazer, eu que odeio cigarro, que odiava bebida e prostitutas, meu Deus, o que estou fazendo? Eu, nas aulas de estética, junto, ao lado dos mesmos, que, acabaram com meus amigos, aqueles que retiraram a oportunidade de alguém ser alguém, caralho, digo palavrão mesmo, é como o funk e os desentendidos, os críticos. Essa porra mesmo, é a minha realidade, falo assim, meus amigos falam assim, meu povo fala assim, e nem por isso somos otários, nem por isso deixamos de pensar! Vão devagar, vão devagar, o caminho é árduo irmãos, hoje, eu, um negro, um pobre, um daqueles que andou cinqüenta por cento do caminho, acaba de desistir...