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Rio, RJ, Brazil
Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Alguma coisa sobre o amor perdido e a madrugda

São 03h15min de uma madrugada quente. Não há como esquecer, que em noites como essa, nos encontrávamos apenas para jogar conversa fora. Conversar sobre qualquer coisa, de forma despretensiosa, por que não tínhamos nada a esconder um do outro e por que todo nosso trabalho de conquista, de ambos, já havia sido feito: nós nos amávamos. Nesse horário, sem sono e inevitavelmente pensando em você. Não há como negar a beleza de amar e ser amado e a plenitude que alcançávamos quando, simplesmente, nos tocávamos e nos olhávamos. Nada mais precisava ser dito: era hora de fazermos amor da mesma forma que as crianças brincam de pique-esconde: nos escondíamos para que o prazer fosse maior. Não recordar as vezes que precisei te convencer, com palavras e toques e beijos, a fazer amor comigo, é, hoje, a mesma coisa que negar minha própria história, que infelizmente se resumia ao amor e agora, a lembrança serve como ingrata companheira do que foi, e nunca mais será.

É verdade, não nos amamos mais. E talvez por isso digas: “vou te amar para sempre”, por que quando se ama e se está longe e separado, tais palavras só servem para silenciar o peito que ainda lateja de saudade.

Não posso ter o direito de te pedir nada. O tempo já se encarregou disso, embora nenhuma palavra tenha sido jogada ao vento, que sempre e nunca, aponta para sua direção. Mesmo assim insisto: não digas que me amará para sempre, porque o que sentiamos, entre eu e você jamais será sentido. Mas entre você e os seus, permanece acessa a chama de qualquer tipo de paixão.