Quem escreve?

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Rio, RJ, Brazil
Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.

Poemas

Beleza

Encontrei o belo,
Iluminado num corpo de mulher
Vinha ele,
Com palavras que eram calmantes,
E o corpo luz profana,
Exalando idéias,
Almejando ser o que não era.

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Canto das mães

Relativizei a vida.
Mas ela,
Ela não teve dó.

Na vida, Meu filho,
Deve-se escolher algo,
Se não o algo te escolhe,
Meu filho.

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Nascer num quilombo novo.

Ah... Se eu pudesse
Nascer de novo,
Quisera eu nascer
Num quilombo novo.

Me entorpecer ao meio dia,
Me drogar o tempo todo.
Não ter ideais.
Me preocupar apenas com pouco.

Covarde nunca seria,
Consciência de erro:
Nunca teria.

Ambicionaria o nada...
Seria feliz com o nada que possuiria,
E com o nada que equivaleria.

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A um amigo

Amigo, que detrás da máscara da inferioridade
e inocência esconde a glória
e a raiva de um povo que
mesmo na abstrata
Guerra de classes
Permanece em pé,
Graças à
Sustância!

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A de nariz empinadinho

A mulher que,
Por banhar-se de perfume
Em demasia,
Não teve a oportunidade
De sentir meu cheiro
Dedico esse poema.

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