Quem escreve?

Minha foto
Rio, RJ, Brazil
Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Se existe amor: Para um amor eterno.

De verdade, o que cabe
Entre duas mãos amantes
Dois corações delirantes
Algo mais que amizade?

Carrego pesando em mim
Um coração apaixonado
Meia dúzia de escárnios
Palavras poços de mágoas
Sem um fim.

Ah! Como eu queira agora um fim
Tudo e todos a me paparicar
Eu tentando continuar a acreditar
Num amor que para mim, foi e
Não está sendo ruim.

Lêem-se mil livros
Têm-se dois mil amigos
Definitivamente, amor,
Quero morrer com ou sem
Você comigo
Amar o mundo como amava
Mil dias dormindo contigo,
Te fazendo carinho.
Olha que interessante: já vi neoliberal pobre, já vi comunista pobre, já vi capitalista pobre, mas nunca vi um anarquista pobre, por que será?
Bom, o neoliberal pobre a gente até entende. Vários são os fatores que o levam a pensar de forma individualista: extraindo o foco do Estado e eximindo os fatores sociais, ele, que na maioria das vezes é o que obteve “sucesso”, ou por estar dentro de uma universidade, ou por tornar-se um milionário-jogador-de-futebol, acredita cegamente, que o “sucesso” alheio, depende única e exclusivamente do esforço de cada um. Diz ele, o neoliberal pobre, com a mesma infantilidade do aluno-de-pré-vestibular-particular-de-classe-média que passa pra UERJ: “ah, a oportunidade está aí, é só estudar... vira juiz quem quer; vira ladrão quem já nasceu safado, semente do mal*!” e dessa forma, sela sua estupidez, e se torna contra qualquer política de inclusão social. Mas não devemos ter pena do neoliberal pobre não, não mesmo, ele até que é esperto, até que é inteligente, já que ganha milhões ou estuda na PUC, UERJ, Estácio, UFRJ... Ele, que não gosta de pobre por que nasceu pobre, conhece muito bem a raça de pobre e almeja deixar de ser pobre, mas pobre de quê?
O capitalista pobre é sempre aquele em cima do muro, é aquele que acredita no jornal nacional e na veja. O que não é comunista, ou por gostar muito de dinheiro e imaginar que num país socialista todos seriam iguais, e isso é chato pra ele, já que quer ser rico um dia, mas não sabe como, ou por crer de pé junto- o capitalista pobre é religioso- que o regime comunista é autoritário- como se o capitalismo não o fosse, é claro, da sua maneira. Não é liberal pois não tem convicção de que pode ser o que quiser, já que não é nada, mas almeja ser e sabe a dificuldade. Esse é o capitalista pobre e/ou o pobre capitalista.
O comunista pobre é o comunista pobre, o pobre que, talvez, deseja passar de subalterno para igual; de subalterno para subordinador- nem fizemos uma revolução e já conheço alguns. Esse tipo de pobre é mais fácil de entender, apesar de ser minoria, já que a classe dos pobres é subdividida e subdividida e subdividida...
O pobre anarquista, ou melhor, o anarquista, sempre sabe o que faz, ou seja: o que não faz. O anarquista não defeca e pára, e muito menos defeca e anda, só defeca. Ele, em sua plena capacidade mental, simplesmente não quer se comprometer, ou seja, nada quer fazer. O anarquista quase sempre não é anarquista, é um pseudo-anarquista. O pseudo-anarquista, quase sempre diverge do neoliberal, mas, e ele sabe disso, faz o mesmo: fica calado e torna-se individualista, desconsiderando tudo que é externo a ele, ou seja, externo a todos. O anarquista nunca é pobre, o pobre, nunca um anarquista. O pobre, mesmo o subalternado, manipulado ou dominado, um dia, terá consciência de classe, e deixará de ser pobre, já que nesse dia, as classes deixarão de existir. O anarquista não tem consciência de nada, nem mesmo o quanto custa uma universidade particular de qualidade, já que é seu papai quem a paga a sua, centavo por centavo...
O amor não existe.