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Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.

domingo, 30 de novembro de 2008

Um dia, me mandaram esse trecho, da música Tatuagem, do Chico:


“Quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem
E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta
Morta de cansaço”


Entendi muito bem o trecho. Até o guardei. Até acreditei nele. Hoje, um pouco mais experiente, não acreditaria nele. Não o guardaria. Faria o que fiz, há pouco tempo. Rasgando-o, tentando dilacerar o restinho de passado, que ainda morava no meu cotidiano. A ingenuidade dessa pessoa, que mandou esse trecho, extrapolou os limites da compreensão do amor. Achava que me amava. E hoje, manda esse trecho pra outra pessoa. Bom, entendo muito bem. Até compreendo. Faz parte. É a vida.
Sente saudade?
Quase morri, um dia desses.
Me ligou porque sente saudade?
Quase morri de saudade, um dia desses.
Assim que ligar novamente, liga pra dizer que sente saudade também, ok?

(Cheguei agora, doidão!)