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Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Ambiguidade, Contradição, Paradoxo...

Já tive medo de me apaixonar e já tive medo de não me apaixonar. Me apaixonei sem querer, nunca desamei alguém por vontade própria, e acho deveras impossível que isso aconteça. Passei três meses tentando amar alguém que merecia todo amor do mundo. Não me apaixonei. Nunca amaria uma mulher daquelas, nunca!

Tão reprimidas, e poucos vêem isso, poucos se importam com isso. Mulheres que permanecem doze anos casadas, sem nunca terem saído com as amigas, nunca terem ficado bêbedas sem a presença do marido. Por essas eu não me apaixono, essas sim, que eu gostaria de amar e me apaixonar, embora acredite que as mulheres devam ser independentes, contudo, são essas, independentes, que me deixam com medo, sem vontade de amar.

O problema não é comigo e nunca será, o problema nunca é de ninguém, não é do papa, não é do Bush, o coletivo é problemático, é meu é seu é de todos. Repele-se a culpa culpando todos, permanecemos no limbo, sem raiva suficiente para mudar a nós mesmo. Tenho medo é de amar, têm-se medo é de amar. Diz-se, geralmente, que o medo é de amar e não ser amado. Sabe qual é o medo? De amar e não ter a pessoa do seu lado sempre!

Acho que a experiência de vida deixa a gente assim, doente, problemático. Tanto caso de traição e declaração de amor, que já não acreditamos em nada:

“Ah... Se eu pudesse

Nascer de novo,

Quisera eu nascer

Num quilombo novo.

Me entorpecer ao meio dia,

Me drogar o tempo todo.

Não ter ideais.

Me preocupar apenas com pouco.

Covarde nunca seria,

Consciência de erro:

Nunca teria.

Ambicionaria o nada...

Seria feliz com o nada que possuiria,

E com o nada que equivaleria.”

Queria mesmo é fazer faculdade de Design, nascer numa família com dinheiro e não precisar estudar, pensar... Os filósofos deixam a gente assim, enquanto os poetas tentam minimizar tudo, florear tudo... Preciso deles, do charuto e da bebida, agora...