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Rio, RJ, Brazil
Moribundo SUBurbano. Estereotipado: bandido, maconheiro e marginal. Escritor, poeta e, portanto, miserável.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Pássaro contente

Numa noite, ao som do esquecimento,
Vem um pássaro contente qualquer,
Pernas passos corpo de mulher,
A ludibriar a cólera,
Libertar-se do que vier.

Pro que der, num passo
Demasiadamente falso
Passando pelo que é fardo
Pisando nas prisões do passado!
Assim vem o pássaro, carente de afago

Cantando em meu ouvido ao ritmo
Do que era pra ser íntimo:
Não quero ter filhos
Também não é de estranhar
Se, de alguma forma,
Não quisesse também casar.

Beijou minha boca como quem
Me havia beijado a alma
E eu, disse: querida, pássaro contente,
Faça o que quiseres,
Por ti, sou todo assim, meio que
Entregue.

7 comentários:

Erich Pontoldio disse...

Belíssima poesia ... gostei muito

Marcelo disse...

Ótimas palavras, parabéns pela poesia.


http://tchannannan.blogspot.com/

DBorges disse...

.. Esse moço ta diferente"

Santana, é o poeta dos minutos.
Escreve poesias como quem ri.

;)

Amandla Awetú disse...

A gente vai aprendendo, negra...aprendendo!

Abraão Vitoriano disse...

agrdáveis sentidos...

Amandla Awetú disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

feliz imagem nos dois primeiros versos.