Numa noite, ao som do esquecimento,
Vem um pássaro contente qualquer,
Pernas passos corpo de mulher,
A ludibriar a cólera,
Libertar-se do que vier.
Pro que der, num passo
Demasiadamente falso
Passando pelo que é fardo
Pisando nas prisões do passado!
Assim vem o pássaro, carente de afago
Cantando em meu ouvido ao ritmo
Do que era pra ser íntimo:
Não quero ter filhos
Também não é de estranhar
Se, de alguma forma,
Não quisesse também casar.
Beijou minha boca como quem
Me havia beijado a alma
E eu, disse: querida, pássaro contente,
Faça o que quiseres,
Por ti, sou todo assim, meio que
Entregue.
7 comentários:
Belíssima poesia ... gostei muito
Ótimas palavras, parabéns pela poesia.
http://tchannannan.blogspot.com/
.. Esse moço ta diferente"
Santana, é o poeta dos minutos.
Escreve poesias como quem ri.
;)
A gente vai aprendendo, negra...aprendendo!
agrdáveis sentidos...
feliz imagem nos dois primeiros versos.
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