A ignorância fátua, que pairava sob meu corpo
Durante duas luas e catorze pernas,
Devagar tentava me dissipar dela, mas,
Ignorantemente, eu continuava pensando nela,
Em algo que, talvez, nem soubesse o que era.
E não foi. E inconsequentemente retornei até o passado,
E me vi, mais uma vez, enlaçado nos seus passos,
Como quem quisesse alguma coisa, sem saber ao certo
O que era.
E num esforço incomum fui-me aproximando do que,
Mais que tudo, imaginava ser minha felicidade:
A presença de alguém.
E tive medo, mas também tive esperança, já que
Tinha nada, nem eu me tinha mais.
Mil vezes hesitei. Mil vezes caminhei até ela, percebendo seu desdém.
O que me fazia caminhar mais e mais, como quem anda
Em direção ao caos do destino. Eu caminhei sendo, cada vez,
Mais feliz, ou burramente feliz. E fui quem não era.
E me enquadrei na moldura de quem tem mais medo que sorte.
Mais amigos que deuses. E então tive de chorar.
Como quem chora à noite, solitário, mas na parte da manhã
Finge ser amante.
7 comentários:
Ficou um tempo sem atualizar, mas quando atualizou esculachou de novo. Muito bom mesmo brother. Parabéns!
Gostei dos teus textos... dá uma olhada nos meus!
Axé!
www.obolosanie.blogspot.com
Ah, adicionei seu endereço no meu blog.
Beijos
Que bom que gostou, vou aguardar os próximos comentários. Sou de São Paulo e vc?
bravo!
Ainda estou esperando a resposta e os comentários mais acurados prometidos!!!
Até mais
desejo mais amor pro seu eu-lírico tão desiludido!!!
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